Não que eu seja uma pessoa veeeelha, mas eu tenho me assustado com essa nova geração. Quando eu digo "nova" é nova mesmo.
Semana passada eu me assustei quando me deparei teclando no msn com um menino de 4 anos de idade. Tudo bem que Pedro Henrique se desenvolveu intelectualmente mais rápido que as outras crianças da faixa de idade dele. Mas e meu sobrinho, Jeanzinho, de 8 anos, que é o rei do paint! Tenho medo de deixar um Photoshop na mão dele.
(Homem-Aranha, Super-man e Tia Leilinha cantando "eu")
(Homem-Aranha, Super-man e Tia Leilinha cantando "eu")
São jogos eletrônicos, video game, celulares, computadores...todos soltos nas mãos infantis.
Daí, ontem, antes de dormir, algo me fez lembrar a maneira que eu brincava quando eu era mais guria. Quando dei por mim tava me acabando de rir.
Brincava de esconde-esconde e pra assegurar que o contador não ia burlar as leis da brincadeira, a gente fazia uma cruz nas costas dele dizendo:
" Cruz, cruz, se olhar matou Jesus; Colher-de-pau, colher-de-ferro, se olhar vai pro inferno; mamão, mamão, se olhar é fí do cão!"
Coitado! Tão pequeno e já condenado a arder no mármore do inferno por ser fí do cão e matar Jesus! "incha la!"
Passando na rua, quando via um Fusca, imediatamente gritava: Fusquinha!!!!!! e tome a lixa (tapa com 2 dedos) no pulso do indivíduo.
Olhava as placas dos carros: "zero-zero, posso ver quem eu quero?", "sete-sete azar, nunca mais voltará".
Brincava de garrafão, bandeirinha, mamãe da rua, andava de patins...e quando nossas amiguinhos não tinham, a gente emprestava um pé do patins e cada um andava com um. Crianças solidárias!!!
Pulava com o "Pogobol", tinha os pulsos roxos por causa do bate-bate, perdi uns 30 pirocópteros que voaram muito alto e caíram em cima da casa.
Fabricava carrinho pra descer a ladeira, jogava baleado e fazia torneio de "corrupio". (brinquedo feito com linha de costura e tampinha de garrafa amassada).
Bom mesmo eram os chicletes Adams, aqueles miudinho que tinha um bocão na embalagem.
Nostalgia pura, mas até hoje eu me divirto!